Projetado em 1934 pelos arquitetos Vital Brazil e Adhemar Marinho, o Edifício Esther converteu-se em um marco na história da arquitetura moderna brasileira e em uma referência no cenário do centro da cidade de São Paulo. Neste livro, o arquiteto Fernando Atique investiga o projeto de arquitetura do Esther, relata as reações iniciais da imprensa paulistana ao arranha-céu e analisa as diversas leituras do prédio feitas desde os anos trinta por arquitetos e pesquisadores. Ao estudar a ação dos primeiros proprietários do prédio - a Família Nogueira -, explora um aspecto pouco abordado na historiografia de arquitetura e urbanismo no Brasil; a atuação dos promotores privados. Ao analisar a peculiar forma de gestão do prédio, investiga mecanismos de regulação de moradores e usuários de prédios de uso coletivo, outro tema pouco estudado pela historiografia de arquitetura. O livro enfatiza, ainda, o prestígio inicial do edifício, sobretudo perante um seleto grupo de artistas e intelectuais, e a progressiva perda deste prestígio, correlata a mudanças de uso do seu entorno.