Corredores dos hospitais psiquiátricos brasileiros são diagnosticados pelo texto contundente de Paulo Bloise. Sem encarar a medicina com um otimismo positivista, esse narrador nos atira aos leitos da incerteza, mas também nos habilita a acolher os estados alterados da mente, a diversidade das sensibilidades. Contagiados pelo carinho que ele dedica aos pacientes, começamos a transpor as barreiras que o medo universal da loucura levanta. Despertada a compaixão pelos doentes mentais, arriscamos um salto para além dos muros de uma sociedade que evita a convivência com os que habitam outros mundos além de nossas realidades.