O presente livro problematiza um certo discurso que tem ocupado posição hegemônica no cenário acadêmico brasileiro. De acordo com o autor, a experiência da modernidade no Brasil é algo distinto dos cenários observados nas chamadas "sociedades modernas centrais". Para abordar criticamente esse discurso da excepcionalidade brasileira, adota-se uma dupla estratégia: um debate franco com duas das mais influentes abordagens de nosso pensamento social (a sociologia da dependência e a abordagem da herança patriarcal-patrimonial) e, ao lado disso, uma investigação dos embates e disputas em torno da construção da cidadania na chamada Era Vargas (1930-1945). Seria sociologicamente legítimo afirmar ser o Brasil contemporâneo uma sociedade plenamente moderna? Qual o perfil da normatividade consolidada na esteira do processo de modernização brasileiro? Estas são algumas das perguntas que alavancaram e, a partir daí, lograram orientar a sociologia brasileira e que são discutidas pelo autor.