A Psicologia goethiana não existe como especialidade constituída dentro da Psicologia clássica e nem foi criação de Goethe. Esse termo foi criado por Rudolf Steiner para justificar a influência de Goethe sobre Schiller, que se refletiu nas Cartas sobre a Educação Estética da Humanidade. Este livro aborda as Cartas Estéticas de Schiller em que o ser humano é visto nas três esferas psíquicas do pensar, sentir e atuar, em relação ao mundo a sua volta, que se traduzem nos ideais da Revolução Francesa (liberdade, igualdade e fraternidade). O autor resgata o caminho evolutivo do ser humano na modernidade, o qual foi abortado, interrompido, por forças poderosas que não querem que o ser humano cresça e evolua. Urge hoje em dia a tomada de consciência desse caminho, da linha-mestra que perpassa a história humana, pois um dia ele será retomado. E seremos nós seus agentes e protagonistas. Esse caminho tem como objetivo final nos tornar cosmopolitas (kosmopolítes: kósmos + polis) - cidadãos do cosmo ou cidadãos do mundo. Psicologia Goethiana abre seus dois braços: entender o ser humano como indivíduo que busca a liberdade e abordar o organismo social. - Antonio Marques