Nesta leitura original dos diálogos de O Banquete, de Platão, Donaldo Schüler procura as virtualidades poéticas presentes no pensamento dialético do filósofo. Sem se restringir à herança metafísica de Platão, o autor faz uma leitura ficcional de seus diálogos, desnudando assim as virtualidades poéticas de uma dialética ascendente que conduz da percepção sensível dos corpos belos às manifestações incorpóreas do Belo arquetípico. Com esse aparato crítico, estuda o romance Amar, Verbo Intransitivo, de Mário de Andrade, estabelecendo correspondências entre a modernidade da narrativa e os conceitos platônicos, completando sua reflexão com uma revisão das avaliações de pensadores como Nietzsche, Heidegger, Havelock e Derrida a respeito do platonismo.