É comum ouvirmos a frase que o Brasil fica de costas para o Brasil, de frente para o mar, esquecendo-se do interior e do Brasil profundo. A frase tem alguma verdade, mas nem todos os ditados são absolutos. Se o país já não mais arranha as praias como caranguejos, porque, apesar de o Brasil ter uma das maiores faixas litorâneas do planeta, o potencial turístico ainda é sub-aproveitado? Ainda. Porque a pesca industrial, comparada à outros países - muitos deles, com extensões costeiras bem menores -, é uma atividade com tão baixo desempenho por aqui? A estas questões, podemos adicionar também, outras, em um pólo oposto: o da saturação. Como conciliar potencial turístico e preservação, tanto da paisagem natural, quanto das tradições das populações locais? Como conciliar atividades como o pré-sal, no litoral sudeste, que responde por 70% da produção de petróleo no país e a preservação do meio-ambiente? [...]