Cinema e Juventude: a cultura jovem no cinema dos anos 1950 ilumina um período lembrado pela vivacidade cultural. Momento de acentuado desenvolvimento econômico, a década de 1950 caracteriza-se como os anos nos quais as privações causadas pela Segunda Guerra Mundial foram esquecidas, ultrapassadas pelo otimismo e pelo consumo. Entretanto, em meio à euforia proporcionada pela afluência, ocorre a materialização de um sentimento de angústia diante da busca por status social e do perigo cotidiano de uma guerra nuclear que pareceu, por vezes, iminente. Neste contexto, a geração de jovens da década em questão possibilita a formulação de uma cultura juvenil que eclode, surpreendendo pela sua energia e questionando os valores estabelecidosDesse modo, o livro realiza um estudo sobre a consolidação da cultura jovem nas sociedades dos Estados Unidos e da França, na década de 1950. Examina-se, assim, a representação da juventude através da produção cinematográfica desses países, diante das transformações socioculturais observadas. Portanto, analisa-se a maneira pela qual a indústria do cinema formulou um determinado tipo de representação da juventude em contato com as novas demandas culturais derivadas desta parcela populacional, nessas duas nações. Com esse objetivo, privilegiam-se filmes (e atores) que se tornaram relevantes quanto à representação de juventude realizada. James Dean, Marilyn Monroe e Brigitte Bardot foram alguns dos atores e atrizes que deram vida a personagens que sobreviveram às décadas seguintes, sendo integrados à história do cinema, habitando a memória dos espectadores e marcando presença nas páginas deste livro.