No final da década de 1960, as esquinas de Belo Horizonte tornaram-se o lugar perfeito para que jovens compositores criassem uma nova musicalidade que alterou os rumos da canção popular brasileira. A partir desse local propício para os mais diversos tipos de encontros, o Clube da Esquina lançou também um outro olhar sobre o mundo público. Em suas canções, a cidade pensada para além de sua materialidade física voltou a ser imaginada como um espaço essencial para o desenvolvimento humano, devido às suas possibilidades de diálogo, à pluralidade de ideias e, principalmente, ao fortalecimento da amizade.