No começo do novo milênio, torna-se cada vez mais evidente que o grotesco é algo recorrente não apenas nas artes, como também na vida contemporânea, com um retorno preponderante na televisão, sem que se registrem estudos compreensivos sobre o fenômeno. Este livro traz uma visão ampla sobre a questão, examinando a sua genealogia como uma categoria estética importante, associando-a a atitudes e deslindado o seu papel na formação de públicos de massa na contemporaneidade. O livro apresenta uma conceituação clara do grotesco como estética da tensão dos estados fronteiriços entre o humano e o animal e, depois, a sua articulação com as diversas manifestações na indústria do entretenimento, sem esquecer os seus momentos críticos. Esta análise aborda literatura, cinema e até formas de vida, com ênfase especial à televisão, cujos pactos simbólicos com o grande público privilegiam o grotesco chocante.