São Paulo, capital do Estado de mesmo nome, é uma cidade onde as belezas são difíceis. O belo mora na desarmonia, no caos resultante de diversas e diferentes paisagens físicas e humanas que, aos olhos desacostumados, passam despercebidas, embaladas no ritmo descompassado da maior metrópole da América Latina.A ideia de dualidade insiste em se apresentar, caracterizando os contrastes que fazem da cidade um exemplo de multiplicidade, tanto no que diz respeito a seu povo quanto a suas estrutura física. O tradicional e o moderno, o belo e o feio, a riqueza e a pobreza, o natural e o artificial, todos convivendo e, às vezes, disputando o mesmo espaço. Quem aporta na cidade vindo pelo ar perde-se na linha do horizonte sem fim dos prédios arranhando o céu.