A ideia desse romance nasceu numa mesa de bar, nos últimos dias de 2011, quando eu e mais três escritores do Clube do Conto da Paraíba topamos o desafio proposto pelo também escritor, Roberto Menezes da Silva. Ele criaria um blog, chamado nanoromance, e cada um de nós publicaríamos em capítulos, uma estória que tivesse 365 capítulos curtos, nunca mais de dez linhas por capítulo. A faina iniciou-se pois, em 1 de janeiro de 2011, mas, ao final de abril, somente eu continuava postando meus capítulos. Em junho, desisti daquela narrativa que havia começado com cinco escritores contando suas estórias, e que agora só tinha o meu próprio esforço. Naquele mês, escrevi uma carta de despedida aos autores e leitores, e, concluí de forma solitária, o meu primeiro ensaio de romance. A narrativa, por linhas improváveis, costura dois tempos e entrelaça também, personagens improváveis: Em capítulos curtos, temos assim duas estórias: Uma que se passa no início do século XX, outra que acontece no presente. Há no livro um pouco de tudo. Minhas leituras em física quântica, história da matemática e ficção. Há mistérios e paixões, há um pouco das minhas lides domésticas, e as vezes, um realismo que aviva nossas inquietações mais profundas. Há passagens bem humoradas, há o exercício de uma prosa curta, que se experimenta em cada capítulo, há páginas para cada personagem, há um esforço brincalhão para que possamos formular o absurdo. Ainda que entrelace passado e presente, essa é uma estória contemporânea, escrita no tempo das redes sociais e suas hastags.