Este livro foi escrito para discutir e demonstrar como as mulheres, em específico as mulheres negras, são precarizadas no sistema capitalista neoliberal, sofrendo, de forma ainda mais profunda durante a crise social e econômica causada pela pandemia do novo coronavírus no Brasil. Porém, não apenas o recurso linguístico é utilizado como ferramenta reflexiva, há, também, o uso das imagens enquanto ferramenta de interpretação narrativa visual como forma de aguçar o senso crítico do leitor. Discute-se nas páginas a seguir como e porque as mulheres são mantidas à margem na imagem social vigente no período pandêmico brasileiro e para além dele, de forma metodológica e histórica, desenvolvida pelo sistema para que ele possa se sustentar do trabalho não remunerado, racializado e precarizado feito por essas mulheres, razão pela qual, há necessidade de se expor tal realidade, que no período de crise do surto viral ganha contornos próprios.