“O arco de questões tratadas neste livro de Serge Margel, fruto de conferências proferidas no Brasil, é bastante amplo: o papel do cinema na revolução tipográfica da poesia, e por outro lado, simetricamente, a arqueologia do cinema encontrada na poesia, os corpos vitrificados nas vitrines das passagens, e as lojas de departamento, todo o corpo de questões propostas pela modernidade fantasmagórica entrevista por Walter Benjamin em “Paris, a capital do século XIX”; o cinema etnográfico de Jean Rouch e a câmera antropófaga, devoradora de duplos; o arquivo, o testemunho, o artefato museográfico, o trauma não registrado do tráfico de escravos no contexto colonial, a etno-ficção de Édouard Glissant. Todos estes temas têm a sua intercessão no fantasma ou espectro, gravado em uma memória exterior, técnica de escrita, rastro, marca, sinal, traço grafado em um suporte. "O arco de questões tratadas neste livro de Serge Margel, fruto de conferências proferidas no Brasil, é bastante amplo: o papel do cinema na revolução tipográfica da poesia, e por outro lado, simetricamente, a arqueologia do cinema encontrada na poesia, os corpos vitrificados nas vitrines das passagens, e as lojas de departamento, todo o corpo de questões propostas pela modernidade fantasmagórica entrevista por Walter Benjamin em "Paris, a capital do século XIX"; o cinema etnográfico de Jean Rouch e a câmera antropófaga, devoradora de duplos; o arquivo, o testemunho, o artefato museográfico, o trauma não registrado do tráfico de escravos no contexto colonial, a etno-ficção de Édouard Glissant. Todos estes temas têm a sua intercessão no fantasma ou espectro, gravado em uma memória exterior, técnica de escrita, rastro, marca, sinal, traço grafado em um suporte. Escritas-cripta, criptogramas, a escrita cifra uma morte que vem assombrar a vida dos vivos, eles próprios vivendo cada vez mais através da morte que os habita." - João Camillo Penna