Manuel Rivas destaca-se nas letras hispânicas pela sua habilidade com as palavras. Em O LÁPIS DO CARPINTEIRO, que vendeu 200 mil cópias na Espanha, ele mescla a brutalidade da política franquista com a luminosidade do folclore galego. O resultado é sensível, sem deixar de ser contundente. Uma narrativa repleta de belas e desconcertantes cenas, como uma película. Entre elas, a de um banquete imaginário servido por Da Barca para seus colegas de cela, inebriando, saciando desejos, dissolvendo frustrações e fazendo subir a glicose dos presos enfermos.