Em Existe o outro lado do rio? Silvana Maria Bitencourt analisa a cultura da engenharia e as relações de gênero construídas no espaço da universidade, buscando compreender as motivações, as influências, as dificuldades, as perspectivas e as táticas construídas pelas estudantes nesse campo de poder/saber eminentemente masculino: a engenharia. Em seu estudo, a autora evidencia como as escolas de engenharia têm sido um campo majoritariamente masculino e, em sua abordagem, destaca de que forma as poucas mulheres que participam dessa área são alvos de significativas desigualdades de gênero, que se apresentam tanto objetivamente com a discreta presença feminina em cursos de engenharia e no mercado de trabalho quanto subjetivamente diante das difíceis condições que elas enfrentam para se formar e prosseguir em uma carreira na área tecnológica, levando em conta a construção cultural do ser mulher no ocidente.