Esta obra é uma proposição para olharmos a tipografia de forma a conectá-la com a realidade em que o livro está sendo escrito e lido, politizando o olhar tipográfico para termos consciência de quais são os valores que estamos reproduzindo com nossa prática profissional. O autor articula política e tipografia, fazendo uma crítica à dominação e defendendo a autogestão, analisando fontes renomadas em seus contextos sócio-históricos, dando destaque a fontes feitas para causas sociais e produzindo uma tipografia para textos contrários à opressão. A tipografia está em mais lugares do que nós conseguimos enxergar. Imagine, como num passe de mágica, se todos os textos compostos com fontes ficassem invisíveis. Tudo aquilo que foi composto com tipos, como os livros impressos desde a prensa de Gutenberg, em 1455, até os dias atuais, simplesmente estariam inacessíveis, séculos de conhecimento aos quais não teríamos acesso, mas a composição de livros é só um dos usos da tipografia. (...)