Esta nova edição revista do clássico estudo de Maria Luiza Ramos se caracteriza por uma mudança do enfoque teórico, que antes se baseava na obra de Roman Ingarden e agora enfatiza a fenomenologia segundo a ótima de Martin Heidegger. Discutem-se assim as diferentes manifestações da temporalidade, de modo a não se buscar o sentido da obra, mas de traçar-lhe um sentido com base não só nos seus elementos intrísecos, mas também nos dados históricos que a produziram. Não se trata, pois, de uma hermenêutica normativa, mas de evidenciar o que há no texto de positivo, capaz de torná-lo compreensível e comunicável.