O ano, 2022. Na China, o sistema computacional inteligente Sos já está conectado às mesas de trabalho de todos os juízes do país e lhes fornece, para cada caso concreto, orientações acerca de que legislação e jurisprudência aplicar. O juiz humano ainda não precisa, a esta altura, necessariamente acatar o padrão decisório produzido pelo sistema, mas é obrigado, acaso opte por rejeitar a orientação do modelo, a registrar por escrito as razões de sua discordância, para fins de posterior auditoria. Fora do âmbito do processo, os algoritmos computacionais também já estão por toda parte. Companhias de concessão de créditos os utilizam para analisar o comportamento dos potenciais consumidores, de modo a determinar, a partir das despesas realizadas em seus cartões de créditos, qual seu nível de risco. Sistemas preditivos determinam que ativistas políticos são mais propensos a cometer crimes ou, ainda, que determinadas pessoas, em funções de critérios desconhecidos pela coletividade, (...)