A exigência de uma ética preventiva, que diante de um projecto de investigação já desenhado, tenta trazer valores social e moralmente importantes para dentro do laboratório, altera de modo relevante a forma como o investigador tem agora de trabalhar e, naturalmente, as prioridades de uma tradicional ética do conhecimento. Carlos Almeida Pereira oferece-nos uma reflexão atenta e argumentada sobre a dificuldade do investigador, ainda educado eticamente de uma forma tradicional, se ajustar aos novos pedidos sociais, e denuncia o empobrecimento da densidade da ética ao passar a ser percebida, apenas, como normatividade a respeitar, para se poder fazer investigação.