Assassinatos que abalaram o Mundo, de Miles Hudson, é um estudo sobre a morte de líderes políticos com o objetivo de promover mudanças na sociedade. O autor analisa atentados fatais a diversas personalidades, e mais particularmente, a dezoito grandes líderes, relatando nestes casos um resumo de história da época, o papel das vítimas e dos agressores. Em quase todos os casos, o resultado dos atentados é inteiramente diferente do pretendido pelos criminosos, quando não o oposto do que eles queriam. O termo “assassino” vem de um grupo que se formou em torno de Hassan-i-Sabbah, por volta de 1094, na Pérsia e depois na Síria, Egito, e em outras regiões do mundo islâmico. Esses seguidores do “Velho da Montanha” matavam seus inimigos políticos e religiosos, espalhando o medo. A palavra “assassinos”, de “ashishini”, está assim associada à execução de personalidades como meio de ação política desde o início. As dezoito vítimas estudadas em maior detalhe são colocadas em grupos de dois e três, quando Hudson vê semelhanças entre as ações que levaram às suas mortes. Júlio César, que violou a lei romana com a passagem do Rubicon, e Tomás Becket, que foi intransigente com seu rei e amigo, Mahatma Gandhi, libertador da Índia pela não-violência, e Jesus Cristo, o subversivo criador de uma nova religião, Marat e Trotsky, revolucionários impiedosos, o Tsar Alexandre II, que emancipou os servos, e Lincoln, que lançou o país na guerra civil ao defender os escravos, Lord Cavendish, que buscava a paz na Irlanda, e o herdeiro do Império Austro-húngaro, Francisco Ferdinando, Sir Henry Wilson e Michael Collins, em lados opostos, vítimas do turbilhão do conflito irlandês, o rei Abdullah, da Jordânia, Sadat e Rabin, seus esforços pela paz valendo como condenação pelos radicais, e finalmente, Hendrik Verwoerd, um dos criadores do Apartheid, e Martin Luther King e Malcolm X, o filho do pastor e o rebelde da Nação do Islã.