“Ela também vinha toda tarde. Ouvindo sua voz, sucedia em mim um fenômeno: minhas folhas ficavam mais verdes e volumosas. Meus eus se multiplicavam; meus frutos aumentavam e deixavam os vizinhos cheios de sorriso”.Quando era só uma mudinha, o cajueiro encontrou as mãozinhas de quem lhe deu água e acreditou que um dia ele seria muito grande, motivo de festejo. O tempo passou e o cajueiro virou gigante, formado de vários “eus”. A menina cresceu e partiu, mas vieram outras meninas descansar sob seus galhos e dividir com ele suas histórias.Neste belo texto, repleto de encantamento, a autora nos convida a compreender o que pensa e o que sente essa árvore secular que tem muito a nos ensinar sobre a espera e sobre o amor.