Vazado em linguagem simples e clara, este livro nos brinda com uma abordagem original do projeto educativo burguês que se estruturou entre os séculos XVII e XIX, tornando-se hegemônico nos países do mundo ocidental. A originalidade consiste no fato de que, diferentemente das análises que têm sido difundidas, Ana Maria toma como referência para seu estudo a vertente da economia política. E o faz em três momentos. No primeiro momento, investiga nas obras da economia política inglesa e de economistas portugueses do século XVII a relação entre a escola e a produção manufatureira que caracterizou a primeira fase do desenvolvimento do capitalismo mundial, pondo em evidência a forma pela qual se procurou impedir o acesso dos trabalhadores manuais à instrução intelectual provida pela escola.