No dia 1° de abril de 1964, Carlos Heitor Cony saiu às ruas e não acreditou no que viu. Havia no ar uma mistura de euforia, covardia e medo. Pessoas corriam assustadas, outras cantavam o Hino Nacional. E havia armas, muitas armas. O pesadelo estava apenas começando. Cony percebeu que era hora de falar. Era urgente dizer o óbvio - que o cidadão comum estava com medo e envergonhado. Da redação do Correio da Manhã, ele escrevia os atos que marcavam aquele fato histórico. Dia a dia, o escritor testemunhou em sua coluna a história se fazendo diante de seus olhos. Assim escreveu crônicas memoráveis, reunidas pela primeira vez em um livro. O lançamento da obra, ainda em 64, tornou-se o primeiro ato de protesto civil depois do golpe. Quarenta anos depois do golpe, o livro símbolo da resistência ainda mantém seu vigor.ATO E O FATO, O: O SOM E A FURATO E O FATO, O: O SOM E A FUR