O livro Jurisperita - o feminino no Direito: academia e carreiras jurídicas é o produto final do encontro de mesmo nome, realizado em outubro de 2017, na Faculdade de Direito da UFRGS. A obra compilou e adaptou, no formato de um livro, relatos de mulheres de relevo no cenário jurídico gaúcho e nacional. Nesses relatos, elas nos falam das suas experiências, dos desafios e da percepção sobre as contribuições específicas do feminino na academia, nas carreiras jurídicas e na construção do Direito. ALém disso, há uma análise histórica que destaca o difícil percurso da conquista civilizatória do acesso da mulher à formação e às práticas jurídicas. Jurisperita - termo com origem no latim que indica a especialista em Direito, a mulher capas de acionar a jurisdição em defesa do Direito próprio ou alheio - é o título de uma fabula togata de Titinus (séc. II a.C.), sátria que retrata a atuação feminina no foro, em uma época em que o espaço público era considerado um lugar masculino. O nome foi escolhido de modo consciente, portanto, para ser um símbolo de resistência e afirmação feminina. As mensagens trazidas pelas "jurisperitas modernas" em seus relatos servem como modelo e inspiração não somente aos estudantes, aos operadores do Direito e aos juristas, mas também à sociedade brasileira em geral.