A obra responde ao desafio de pensar as relações de poder, que falam do campo jurídico a partir da religião e da cultura. Aborda as perplexidades advindas de uma ordem política autoritária que se mostra incapaz de atuar sobre políticas públicas eficazes. Destaca, ainda, as disputas entre a Igreja e o Estado que implicaram um processo de secularização dubitativo, assim como as permanências culturais de longa duração da Questão Religiosa, iniciada na década de 1870 e que produziram efeitos políticos e ideológicos no Brasil republicano. Os oito capítulos esmiúçam as letras jurídicas sobre casamento e condição feminina; o imaginário político das questões religiosas luso-brasileiras; os impasses dos projetos de Código Civil; a luta pelo direito no Brasil; política, diplomacia e história, dentre outros assuntos que, inclusive, enfocam Gilberto Freyre e sua trânsfuga afetiva entre o protestantismo e o catolicismo. Este livro, afirma Gizlene Neder, enfoca os sentimentos políticos que [...]