Este livro trata de uma sociedade que vive de excessos, que tem mania de consumo e que ao mesmo tempo desperdiça tudo que é possível. Gilles Lipovetsky - criador do conceito de hipermodernidade para definir os tempos de hoje - explica porque a sociedade vive um momento tão triste, com elevados índices de suicídios, de depressão e de dependências diversas. Segundo ele, o enfraquecimento da religião é um dos principais fatores da decepção atual. "Sem fé as pessoas não têm referenciais e ao primeiro choque, caem num abismo de desamparo e frustrações", explica o autor. "Essa era do consumismo modificou muito mais a vida da humanidade do que todas as correntes filosóficas do século XX reunidas, tanto para o bem quanto para o mal. Nunca fomos tão livres social e politicamente, e tão submissos (ao consumismo, por exemplo)", analisa Lipovetsky. Doutor em Sociologia e pesquisador do CNPq, Juremir Machado da Silva, define Gilles Lipovetsky: "Um dos melhores analistas dos paradoxos da sociedade atual, Gilles Lipovetsky é francês. Um best-seller no seu país. é autor de livros como A Era do Vazio e A Sociedade Pós-moralista (ambos publicados no Brasil pela Editora Manole), O Império do Efêmero, A Terceira Mulher e O Luxo Eterno. Nos últimos anos, dois pequenos livros de Lipovetsky destacaram-se pela clareza e pela precisão em tão pouco espaço: Metamorfoses da cultura liberal e este extraordinário A sociedade da decepção, cujo título já é um achado sociológico indiscutível".