André Peralta, dono de grande pote de ouro, caminha com seu companheiro endiabrado, passando por várias aventuras. Após comer, beber e se divertir com as moças da taverna, o soldado adormece, e guiado por Satanás, sonha que chega às portas do Inferno onde encontra centenas de almas penadas. Foi no Brasil que se publicaram pela primeira vez as Obras do Diabinho da mão furada, no inicio do século XX. Depois disso muita coisa aconteceu, surgindo novas versões manuscritas, editadas e discutidas, questionando-se também a real autoria destas irreverentes e divertidas aventuras do soldado e depois frade, infernizado pelo tal diabinho. Antonio José da Silva, o Judeu, é considerado a maior figura das letras luso-brasileiras no século XVIII. Nasceu no Rio de Janeiro e viveu em Lisboa, onde foi perseguido e morto pela Inquisição. Comparado a Cervantes, Dante e Molière, escreveu óperas cômicas, encenadas sempre com êxito, dentre as quais se mencionam: Vida do grande D. Quixote de la Mancha e do gordo Sancho Pança, Vida de Esopo, Guerra de Alecrim e Manjerona, entre outras, que ironizavam e denunciavam a sociedade lisboeta da época de D. João V.