As décadas de 1940 a 1960 foram marcadas por uma crescente organização dos trabalhadores rurais brasileiros, apoiados, em grande medida, pelo Partido Comunista do Brasil. A organização de Ligas Camponesas, associações e sindicatos rurais, e a realização de conferências e passeatas no campo foram vivenciadas pelo autor goiano Bernardo Élis e discutidas em sua obra literária.Considerado por muitos o introdutor do modernismo no Centro-Oeste, guia intelectual da região por décadas e comunista notório, Élis orientou sua reflexão para o universo particular do sertanejo e para a força de suas reações diante do mundo. Ao costurar história, política e ficção, o autor oferece um anova leitura sobre o campo brasileiro, iluminando possibilidades e/ou apontando os limites de um mundo que não poderia mais existir.