As ideias trazidas para esta obra tiveram origem na pesquisa de campo realizada em uma escola da rede pública de ensino do Distrito Federal. Essa investigação deu-se pela busca de um referencial teórico-metodológico que possibilitasse a construção/reconstrução do currículo. O principal ponto dessa investigação foi a articulação do quê e do como da educação, a partir da teia, envolvendo as relações pessoais, sociais e ambientais que se tecem no cotidiano escolar. O processo dessa construção abriu caminhos para o redimensionamento das relações em âmbito interno da escola, criando uma estrutura organizacional condizente que possibilitou a participação de todos os envolvidos em um projeto coletivo, no qual o currículo tornou-se o núcleo. Ressaltamos que o desejo de querer mudar presente no discurso do grupo da escola não foi suficiente para a realização de todas as mudanças almejadas naquele momento, visto que suas práticas pedagógicas estavam permeadas pelo discurso hegemônico da ideologia dominante. Entretanto, o desafio foi lançado e o grupo iniciou o processo de mudanças como, por exemplo: o espaço da coordenação pedagógica abriu-se para momentos estudos e da própria pesquisa com planejamento das ações da escola coletivamente; alguns professores retomaram seus projetos pedagógicos com mais interesse e ao mesmo tempo inflenciaram a participação de outros colegas; os estudantes conquistaram espaços com mais vozes e com direito de se manifestarem e interferirem no redimensionamento do currículo; os estudantes se diziam mais felizes com nova proposta e passaram a se interessar mais pelo processo de aprendizagem formal; presenciamos uma maior aproximação das(os) mães/pais da escola; os servidores se envolverem mais com a escola e sentindo-se pertencente a ela.