Aquele rapaz é a história de um longo processo movido contra um menino. Nas primeiras páginas, o narrador evoca o instante fundador da identidade, que nasce mesclada à acusação "é ele". O título traduz e antecipa o método narrativo: distanciamento. Trata-se de um áspero e severo exercício de compreensão. A moviola da memória imprime à narrativa um ritmo acelerado. Só há o tempo de olhar. É do choque entre as cenas que emerge a força do relato.