Era melhor antes esta é a frase que abre este livro de Pontalis. O autor compara a memória à bolsa de uma mulher, em que o fútil se esconde do olhar dos outros e o indispensável, de meus próprios olhos. O texto convida então a relembrarmos as situações mais cotidianas que teriam sido melhores antes, ao que o autor re_ete: não, nem tudo era agradável antes, nem tudo é abominável hoje. À luz da psicanálise, o autor revisita vários temas e conceitos, nas suas mais diversas formas e exemplos: memória, tempo, origem e linguagem. Na questão da linguagem, o autor traça um paralelo entre psicanálise e escrita, as quais têm a mesma nalidade, que é indicar os fundamentos da alma humana, e têm o mesmo material, a fala humana. Além disso, coloca em cena diversos autores: Borges, Perec, Barthes, Sartre, Victor, entre outros; sendo que um capítulo inteiro é dedicado a Freud.