A ciência da economia é um campo conflagrado em que disputam diversas correntes de pensamento econômico. Aqui se aposta que a melhor forma de compreender esse campo em seu conjunto, sabendo distinguir as diversas linhas teóricas que aí competem, vem a ser por meio do estudo da questão metodológica. Ora, nessa perspectiva, que não coincide com a dos livros de história do pensamento econômico, é preciso fazer uma distinção clara entre economia política clássica, marxismo, keynesianismo e teoria neoclássica. Eis que são estes os quatro subcampos mais significativos dessa subárea da ciência social. É evidente que, em cada um deles, subsistem variantes teóricas que diferem mais ou menos entre si. É evidente, também, que há outras correntes de pensamento que não se encaixam bem nessa divisão. Apesar disso, aqui se julga que é por meio dessa ótica mais restrita que se pode ter a melhor visão de conjunto. A economia política clássica privilegia a questão da repartição da renda entre as classes da sociedade. Já o marxismo põe ênfase na compreensão da relação social entre o capital e o trabalho assalariado. O keynesianismo se preocupa com a repartição da renda do ponto de vista da criação da demanda efetiva. Já a teoria neoclássica vê-se a si mesma como uma idealização que se volta para o problema da alocação ótima de recursos. Entretanto, essas distinções e é isto o que aqui se quer mostrar estão ancoradas em modos distintos de compreender o sistema econômico como um sistema complexo.