"Vez ou outra", escreve Lionel Trilling, "é possível observar a vida moral revendo a si mesma". Neste livro, o autor trata desta mutação: o processo pelo qual a espinhosa empreitada da sinceridade, de ser verdadeiro consigo mesmo, veio a ocupar um lugar de suma importância na vida moral e a mudança posterior na qual aquele lugar se vê usurpado pelo mais obscuro e ainda mais vigoroso ideal moderno de autenticidade. Os exemplos são extraídos da literatura e do pensamento ocidental de Shakespeare a Hegel e Sartre, de Robespierre a R. D. Laing , sugerindo contradições e ironias a que os ideais de sinceridade e autenticidade dão origem, sobretudo na vida contemporânea. Lúcido e brilhantemente estruturado, sua visão da história cultural dará a Sinceridade e Autenticidade um lugar importante entre as obras deste crítico notável. Um livro escrito com beleza, num tom muito bem calculado e sustentado com perfeição... É amplo, delicado e muito cuidadoso em sua variedade de referências. Ameno, contido e delicadamente escrupuloso, é um tributo à consciência honesta, se é que já houve uma.