A discussão sobre o papel do Estado, mais intensa ao longo das duas últimas décadas, encontra nesta obra uma proposta diferenciada, que nem defende o liberalismo puro e simples, nem abraça o assistencialismo que por vezes mutila capacidades e iniciativas. A proposta de Thais Novaes Cavalcanti, professora doutora da graduação em Direito e do mestrado em Direitos Humanos Fundamentais do UNIFIEO, é a defesa da subsidiariedade, por meio da qual, apoiada em diversos teóricos, especialmente na teoria das capacidades de Amartya Sen e na Doutrina Social da Igreja, postula que a intervenção estatal por meio de políticas públicas deve ocorrer sem descartar as atividades realizadas pela iniciativa privada e grupos intermediários, levando em conta sua aplicação na estruturação de Estados federalistas, como é o caso do Brasil e promovendo os direitos fundamentais para reconhecer a pessoa como base da ação social, econômica e política, além da educação como meio de exercício da liberdade. Este trabalho é ponto de partida para o debate, elaboração de propostas, análise de dados de novas possibilidades para efetivação de direitos fundamentais a partir de políticas públicas que considerem a pessoa parte essencial para o desenvolvimento do país. O que se propõe, de fundo, é uma teoria para o desenvolvimento humano.