A presente obra busca analisar um tema contemporâneo relacionado com o direito das mulheres ao trabalho, discutindo em sua problemática central as diversas formas de desigualdades e discriminações enfrentadas pelas mulheres desde o início do constitucionalismo moderno que negou direitos políticos e civis e impediu as mesmas de exercerem sua plena cidadania. Ao não serem reconhecidas como sujeitos titulares de direitos tiveram (e ainda têm), dificuldades para se inserir no mercado de trabalho onde são visíveis as discriminações em razão de gênero, que impediram as mulheres e trabalhadoras usufruir da mesma igualdade de oportunidades e de tratamento no emprego e profissão garantida aos trabalhadores masculinos, o que resulta no desrespeito a sua dignidade humana e na efetivação de um Trabalho Decente e uma vida digna. A autora propõe através do resgate do princípio da fraternidade uma nova relacionalidade, ou seja, um compromisso de todos cidadão, comunidade, Estado que exige a consciência não apenas de si, mas também do outro (da outra), na tentativa de afastar os egoísmos individualistas, onde os direitos e deveres (responsabilidades) possam ser compartilhados para possibilitar a concretização da eliminação das desigualdades e discriminações contra as mulheres e trabalhadoras e, garantir o exercício de uma cidadania em condições de liberdade, igualdade, segurança e fraternidade.