Estamos perante um mundo novo. De um lado, a produção de seres transgênicos, a manipulação do genoma humano, o uso das células-tronco para pesquisa científica, as novas modalidades de intervenção científica nos fetos e embriões. E, na outra ponta da vida, a distanásia, prolongando-a de modo inútil e penoso; ou a eutanásia, procurando abreviá-la. Haverá limites nessa aventura? Cabe à Bioética, como ética da vida, reinterpretar as novas formulações da ética, perante esses avanços da ciência, cuidando da vida nas suas três modalidades de existir: humana, animal e vegetal. A intenção não foi impor conclusões ao leitor, mas deixar que ele faça sua própria descoberta. A verdade é descobrimento lento e progressivo, sempre parcial. Não há descobrimento total, absoluto: “tudo o que descobre, encobre” (Zubiri). O leitor terá, assim, diante de si um panorama de temas principais da bioética, com a possibilidade de ver as vantagens e os inconvenientes de cada uma de suas teorias. Nessas causas, somos todos juízes. Ninguém fala pelo outro. Não é a vida que serve às teorias, mas as teorias é que servem à vida.