Os seres vivos são regidos por um determinismo biológico: todos nascem, crescem, amadurecem, envelhecem, declinam e morrem. O tempo e a forma que se processam essas fases dependem de cada indivíduo, da programação genética de sua espécie e de fatores ambientais (habitat, modus vivendi e de agressões que tenha sofrido no decorrer de sua existência). A longevidade potencial do ser humano ou a capacidade de vida da espécie tem sido a mesma nos últimos 10 mil anos, basta ver a Bíblia, no Eclesiástico, cap. XVIII, v.8: “O número de anos do homem, quando muito são cem anos”. O que tem aumentado significativamente é a esperança de vida ao nascer, que hoje, em alguns países, já está na nona década de vida. Atualmente vive-se mais, ocorrendo menos óbitos em grupos etários mais baixos e após os 60 anos. Consequentemente, ao se analisar o crescimento demográfico por grupos etários, o grupo que apresenta, proporcionalmente, maior crescimento, é o de 60 anos e mais. E para cada década acima desta, o crescimento tem-se mostrado ainda maior. Deve-se destacar à importância crescente que vem sendo dada a “quarta idade”, ou a dos “velhos muito velhos”, ou ainda aos “velhos mais velhos”, que é uma parcela muito significativa da população idosa nos países desenvolvidos, formada por indivíduos de 80 anos ou mais. Se em número pode parecer pequena, em custo assistencial representa um ônus extremamente pesado para os sistemas sociais dos países desenvolvidos, dada maior incidência de doenças e incapacidades em consequência de suas peculiaridades biopsicossociais X doenças. Existem importantes razões sociais, culturais e econômicas para se pesquisar na compreensão dos mecanismos subjacentes ao envelhecimento, e esse aumento do número de anos de vida do homem, entretanto, nem sempre será acompanhado pela melhoria ou manutenção da sua qualidade. “Não basta só viver mais anos. A alternativa interessante, é a de que o aumento na qualidade de anos de um cidadão, seja acrescida da qualidade de v