simplicidade define o tema desta história. não o romance, nem os valores da família queiroz, mas a simplicidade da visão de monica em relação a tudo que esta em sua volta. a visão pura e encantadora que tem das coisas é descrita com singelos sentimentos. a delicadeza da jovem de dezenove anos convida-nos a reviver nossas histórias nas suas a participar de seu cotidiano, pegando um trem da cidade e uma carona no fusca de seu avô para passar tardes intermináveis na fazenda. bucólico, leve, apaixonante. as águas de março vai te transportar para dentro do campo, admirar todas as belas paisagens naturais e a sinfonia da natureza. a sutileza das flores, o aroma e todos os cheiros da composição de onde a mão do homem ainda não modificou. quando a despojada adolescente da cidade conhece pedro, o típico rapaz do campo, toda a efervescência e inquietação de sua idade é desabrochada em uma conclusão óbvia: o amor. as águas de março é um resgate a tradição e a importância da família. o romance não é apenas um convite para fazer o bem em sua forma mais pura e doce, é para senti-lo. “cedo ou tarde me arriscar na literatura seria inevitável” mais cedo do que tarde isso aconteceu. a sexta obra da escritora de pindamonhangaba erika araujo, é um presente ao seu próprio capricho, “sempre amei todos os tipos de histórias contadas, contar aquelas que pertencem a minha família é mais do que especial, é como uma tentativa de preservá-las, ter algum registro” descreve. e assim, da tentativa de eternizar histórias surgiu “as águas de março” que vai homenagear a família, as coisas simples e o amor. além de outras duas paixões da escritora: música e tom jobim. erika araujo, natural de taubaté-sp, é professora de inglês e cursou escrita e artes na university of south florida. estudante de letras, concluiu seus estudos em escola pública. lançou seu primeiro livro aos dezessete anos e durante seu processo de amadurecimento literário, sempre privilegiou as histórias que