Uma história única de sexo, obsessão, ultraje e poder escrita por um dos mais importantes autores americanos contemporâneos. A cada manhã, uma empregada surge no quarto do seu patrão, com toda uma parafernália de limpeza, querendo atingir um ideal de ordem e perfeição em seu trabalho. Minuciosamente, o patrão a observa; ele quer encontrar a menor falha nos gestos da empregada: só é capaz de ver as mínimas imprecisões que ela comete. Em nome da lei e da ordem, a empregada está prestes a ser espancada. Tanto a empregada como o patrão estão presos num ritual cotidiano em que surgem relatos recorrentes de sonho, idéias torturantes de purificação e a descoberta de objetos estranhos e ameaçadores. Não há como fugir do laço que escraviza estas duas personagens sem nome, que, por isso mesmo, representam o lado escuro de cada um de nós. De repetição em repetição, Espancando a empregada nos leva a uma zona crepuscular e indefinida, verdadeira encruzilhada dos ciclos da vida e da morte, da criação e da destruição, da busca paradoxal do amor através do ultraje e da profanação. Em Espancando a empregada, os papéis e a norma são radicalmente invertidos nesta obra que celebra o poder da criação literária. Robert Coover nos traz as lições de abismo que assombram a tradição literária do Marquês de Sade e de Sacher-Masoch.