Escrito com extremo rigor científico, A Cidade Antiga é um tratado sobre o desenvolvimento da civilização greco-romana. Disseca o nascimento, a evolução e a queda da Cidade-Estado, suas instituições jurídicas, sociais e religiosas. Pode-se ler, em Cidade Antiga, uma definição - que ficou clássica - de História, que, segundo Fustel de Coulanges, "não estuda apenas fatos materiais e as instituições, pois seu verdadeiro objeto é o estudo da alma, devendo aspirar a conhecer aquilo em que essa alma acreditou, pensou e sentiu nos diferentes estágios da vida do gênero humano". Ou, como diz François Hartog: a História como ciência histórica da psyche ou das crenças a História "ciência do homem", mas "daquilo que nele muda".