Para o Barão de Holbach, um dos materialistas mais radicais da história da filosofia, nada existe além da natureza, da qual fazemos parte inexoravelmente. Esta natureza, constituída por leis eternas, está em perpétuo movimento e desconhece o acaso: ou seja, tudo nela se dá de modo necessário e inescapável. Desta concepção fatalista e determinista, surge, no entanto, uma filosofia da virtude e da felicidade (tanto individual quanto coletiva) que nos ensina que apenas o verdadeiro conhecimento da natureza pode libertar o homem da ignorância, dos fanatismos e das superstições. "Como se tornar aquilo que se é": eis a meta de Holbach.