O poeta Francisco K empreende, nesse livro, um percurso crítico sobre criadores comprometidos com a inovação drástica (ou quase isso) em seus respectivos campos de ação. O objeto "vanguarda propriamente dita" aparece na forma da poesia concreta, merecendo uma especial e prolongada atenção: além de textos sobre a produção de Augusto e de Haroldo de Campos, e de um balanço do movimento aos seus 50 anos, temos um estudo mais longo voltado para o conjunto das criações poéticas de Décio Pignatari, que pretende renovar a compreensão de seu significado - e da poesia concreta brasileira como um todo. O livro reúne, ainda, textos sobre poetas que interagem com o legado concreto, como Ricardo Aleixo e Roland de Azeredo Campos; sobre músicos-poetas populares do quilate de Noel Rosa, Jimi Hendrix e Chico Science; sobre poetas e músicos que traduzem a singularidade da vivência urbana brasiliense; sobre a prosa-colagem de Valêncio Xavier e o cinema de Glauber Rocha e de Mário Peixoto.