Os artigos deste livro apresentam articulações possíveis entre sujeitos e práticas culturais que ocupam lugares distintos no campo literário e, por consequência, nos estudos acadêmicos. Eles nos fazem perguntar, junto a Michèle Petit, o que esperar do fazer literário e da leitura em lugares onde a crise é particularmente intensa, seja em contextos de guerra ou de repetidas violências, de deslocamentos de populações mais ou menos forçados, ou de vertiginosas recessões econômicas. Nestes tempos alarmantes, em que a atrocidade surge por todos os lados mascarada de preconceito, fundamentalismo e intolerância, as contribuições deste volume destacam a forma singular de resistência da literatura e, principalmente, por meio dela.