“A balada do medo inventa um país que tudo indica pertencer à América Latina; inventa uma sucessão de presidentes, cuja passagem pelo poder gerou uma guerra civil que, por sua vez, gerou uma guerrilha clandestina; inventa um rio que atravessa o país, ladeado de vegetação exuberante e cidades portuárias, inventa uma moeda, uma cidade principal; descreve espaços urbanos, situações sociais e políticas e profissões próprias do século XIX [...]. Tudo descrito com fidelíssimo rigor histórico, como se o país, a cidade, a moeda, o rio existissem deveras e não sofressem apenas um estatuto metaficcional. [...] E é justamente esta mimetização rigorosa de situações históricas semelhantes que garantem um verossímil efeito de realidade.” Miguel Real — escritor e crítico literário português Nomeado o melhor livro do ano de 2019 pela Sociedade Portuguesa de Autores