Naquele momento em que Januário deparou com a pequena criatura chorando no berço, algo em seu coração despertou. Acostumado à frieza da sua profissão: assassino profissional, jamais esperou da vida uma recompensa por seus atos cruéis. No mundo, não há crimes nem pecados, porque estes são apenas a face oculta do bem, que ainda não ganhou da vida a oportunidade de se expressar. Desconhecendo essa verdade, e preso ainda às armadilhas da culpa, Januário defronta-se, um dia, com a maior encruzilhada de sua existência: matar novamente ou deixar-se morrer na prisão.