"ESTE EXCELENTE LIVRO vem relançar um tema fundamental da democracia representativa, que é o da salvaguarda da soberania do povo, fonte da legitimidade do poder, face às derivas dos aparelhos organizados para, em seu nome, governar». «A longa e interessante análise a que a autora se dedicou, meditando sobre os textos dos teóricos, dos observadores e dos analistas, mas também sobre as atitudes dos cidadãos críticos, descontentes e cépticos, procurando escutar a 'voz' da mão invisível que fala pelas estatísticas, termina com esta pergunta de algum modo angustiada: 'Se não podemos deixar e reconhecer que (...) os partidos são instituições essenciais à democracia, sendo esta impensável na sua ausência, resta-nos porém saber o quê e como fazer para ultrapassar as suas tendências fechadas, oligárquicas e autoreferenciais através de novas estratégias de democratização?'O presente livro concretiza assim o objetivo da proposta indagação, que é evitar que o povo seja tratado como um agente semi-soberano (...) quando a democracia deixa de ser uma forma de poder delegado pelo povo, para se converter numa forma do poder exercido pelos partidos e pelos políticos profissionais sobre o povo". - Adriano Moreira