Os duplos, na forma de complementos diversos, sempre estiveram muito presentes na história milenar do teatro, proporcionando o jogo de transformações, simulações e revelações próprio dessa arte. Esse jogo é exposto aqui por meio de uma série de improvisações e exercícios, nos quais os atores fazem uso não só de seu corpo, mas de máscaras, bonecos e objetos variados. A autora aborda assuntos polêmicos, como as diferenças e semelhanças entre o ator/personagem e o ator/manipulador, fazendo com que objetos alcancem dimensões inesperadas. Ao longo do texto são apresentadas alternativas para o processo criativo que escapam à linguagem tradicional e dão estímulo à investigação de novas possibilidades de estrutura na narrativa cênica.