No livro Drogas e suas imagens: ensaios sobre a experiência com psicoativos, Getulio S. S. Pinto lança um olhar singular sobre a famigerada questão do uso de substâncias psicoativas ilegais. Fazendo um híbrido entre contos literários, discussões de cunho genealógico e debates dos campos da filosofia e da ciência, o autor aposta no desmonte da aparelhagem procedimental discursiva que justifica o encarceramento e extermínio de minorias tendo a palavra droga como chave de acesso. A partir das contribuições de intercessores como Friedrich Nietzsche, Michel Foucault e Walter Benjamin, a metodologia de escrita define-se como um alegorismo ensaísta, em que o rompimento com o logocentrismo academicista nas dimensões ética, estética e política é motor da desconstrução de imagens totalizadas no campo em questão. O leitor terá contato com uma experiência literária que traz para a cena as principais imagens que habitam o terreno da conhecida guerra às drogas na contemporaneidade, ao mesmo [...]