Apresentamos, na continuidade de nossas pesquisas, Direito e Feminismos: rompendo grades culturais limitantes, com aperfeiçoamento de pesquisas já iniciadas sobre epistemologias, com abordagem de novos temas consectários como masculinidades e interface com psicologia , e com reflexões urgentes, como epistemologias negras, corpos trans e ecofeminismos. Examinar nossos estudos a partir de um olhar generificado é um processo constante de revisitação da própria formação profissional. Como latino-americanas, brasileiras, a localização no contexto geopolítico generificado, enquanto mulheres de países heterodenominados subdesenvolvidos e colonizados, evidencia-nos uma série de arranjos ideológicos, naturalizados e limitantes, que confronta nosso bem-estar, nossa saúde, nossas vidas. O conhecimento, assim, permite-nos reagir diante da dessubjetivação e caminhar para uma ressubjetivação de ação e potência, em que enxergamos que, enquanto houver vida padecendo violências, não estaremos libertas, porque a coluna da grade cultural que violenta determinada vida é a mesma que nos limita ou pior, é a mesma que reforçamos quando em situação de inconsciência de si e do seu redor.