Giovanni Valeriano amava seu irmão mais novo. Um dia se enfrentaram. E ele morreu. Com este anúncio seco, André Galiano inicia seu romance filosófico sobre a busca de sentido para nossas escolhas, sugerindo que a dúvida pode ter papel mais importante do que a certeza: afinal, quem morreu? Sem se apressar em oferecer respostas, Galiano opta por questionar, através da perspectiva dos irmãos Valeriano, verdades que viraram mitos (ou mitos que viraram verdades), desafiando conceitos sensíveis como a ira de Deus, a culpa da humanidade, o prazer do pecado e a dor da abnegação. Numa linguagem leve, por vezes satírica, o autor contrapõe temas potencialmente irreconciliáveis como Jesus e sexo; Death Metal e Catolicismo; Buda, Jacó e Maomé e não poupa nenhuma tradição de sua pena ácida. Ao indagar sobre nossa existência, deixa uma profunda reflexão: quem é o verdadeiro autor de nossa história?